sem fazer parte do cotidiano: sociedade.

sem seguir as ordens que foram dadas: costume.

sem pensar muito e agindo por inpulso: consequência.

sem ligar para a opnião alheia: moral.

porque não desistagnar, porque não desistatizar

porque não desfazer ou desobedecer

"É como um turbilhão fazendo uma miséria no meu coração"

O mundo lá fora me vive de um jeito errado.

corazón: demônic psicodélic

me amo e te amo e isso não completa
mas é tudo meio cheio de tudo

garçom
- Vai um quartinho de solidão?

ele
- Dois, por favor.

(se vira e diz pra ela)
- Vamos nos embriagar?

É assim:

aaaaAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHhhhhhhhhhhhhmor...

enharvontade de de s

Fumaça

Eu sonhei que ele fumava, me levava, prum canto. Chorava, se desculpava, falava besteiras embriagado, chutava o chão...

POP ART

"they rarely look at the works, but enjoy looking at themselves looking at the works"

" "

Exemplo:

eu gosto de instigar e eu não gosto de instigar. é incrível como eu gosto e desgosto. é incrível como as ideias se dissolvem. é incrível ler algo e depois não se lembrar mais de nada. eu odeio instigar porque gosto das coisas simples como são. gosto das coisas naturais, que não precisam ser lidas para ficar na memória

eu gosto de instigar porque dá prazer. ver o resultado dá prazer. sentir a ideia se transformando num algo mais, sentir a e vo lu ção, a inacreditável facilidade de lhe dar com assuntos e maneiras. saber que as coisas naturais podem ser soberbamente mais que naturais, podem ser mais que o necessário (levando para o lado positivo)

eu gosto de instigar e eu não gosto de instigar porque eu ainda não sei do que gosto e do que desgosto

Garanhuns

abstraiam

tráfico (i)legal de música

Como dor que dói, só consigo nada
não consigo

Do que se passa contradizendo

Todos os meus amigos não sabem o que realmente se passa. Porque tudo se passa bem longe dos olhinhos despercebidos de quem só quer tomar uma cerveja. Tudo se passa aonde o ócio se aconchega. Aonde os olhinhos são mais esguios e apertados, que veem mais do que querem.
Apesar de ter os olhos apertados, não consigo saber.

Me resta tomar uma cachaça. Deixo a cerveja pros cegos.

DO SACRIFICILÉGIO

João era mais que o normal...

...ele não era normal...

...e nem normal.

Da agonia que não passa

#$@*@#&$@$@*$&@&%@*%&$&#%&*@$&@&@*&%&@#...

Dos Josués temporários

Não é normal
Josué não é normal
Josué é mais que o normal.
Normalmente vão
Ele não.
E mais que o necessário
Mais que o normal
Ele vem até aqui
Vem até uma semana
E volta.

Mas isso é tão normal...

Do tempo

Quando, por alguns momentos,

esquece das próprias desavenças.

Se vê, bem como queria

Por dentro: livre da incerteza.

Será que falta tempo?

Renovando

As vezes eu me pego com um pensamento ruim e vejo como eu me transformei, como me corrompi. Aí tento voltar às origens e não consigo, é muita carga no meio de tudo isso. Tento juntar o passado com o presente e dá até um pouco certo. Acho que estou começando a entender a malícia da vida, no estilo ctrl+c ctrl+v. É uma pena na vida existir malícias. Fica tudo tão.. sujo.

BUSÃO

Sempre que entro no ônibus fico a viagem inteira tentando pensar o máximo de coisas possíveis até a hora de saltar. É como se o tempo esgotasse quando eu chegasse ao meu destino (que ilusão, ele nunca se esgota). São pensamentos miúdos, meio que fúteis, mas são tantos que sempre acabo misturando-os, esquecendo-os, enfim. Aí chega uma hora que penso: "Mas, rayo, e o universo? E O UNIVERSO, RAYO? Tu aí, pensando coisa pouca, enquanto existem tantas outras mais vitais, essenciais e legais a se pensar! É melhor pensar preto que as besteiras que você tenta abstrair em vão. Mas agora é tarde pra reclamar, o tempo esgotou. E trata de te levantar que tua parada é a próxima!"

Eu sonhei que ele fumava, me levava, prum canto. Chorava, se deculpava, falava besteiras embriagado, chutava o chão...

Nas entrelinhas

Horóscopo:
"Em relação ao amor você está alegre e estável"

1º de abril!!!

Noiar é ridículo

Mas esse barulhinho não me deixa sair dessa. Faz parar!?
Desculpe. Não consigo.

Ficamos na mesma

E agora?
Tanto faz... Desculpe mais uma vez.

Das promessas e afins

Do charme casual, no balanço da rede. Dá vontade de trocar essência e ficar a observar por tardes e tardes. É tão ruim, é tão bom. É tão bom pensar na rede. No balanço casual da essência, nas tardes e tardes de promessas. É tão charme o seu ruim.

Dos Homens e Do Mundo

Queria escrever sobre o mundo e suas desgraças, anseios e folclores. Queria achar uma solução no meio de tantas ideias vagas que tenho. Queria criticar, ou dissipar todo o sentimento de mim. Eu queria na verdade conseguir ler o livro que está em meu colo. Mas eu não consigo. As vezes, bem as vezes, eu queria parar de pensar. Ou mais, queria controlar meu pensamento. Desligar uns botõeszinhos ali, ligar outros acolá. Na verdade eu só queria conseguir ler o livro do meu colo. Mas tem gente que não deixa. Involuntariamente, sabe.

Sábado

De manhã, no domingo, procurei encontrar respostas.
Vai fazer uma semana que não acho nada.
Creio que não ando procurando.
Só olhando o céu, devagar.
De manhã, amanhã, vou procurar outras coisas.

Deu vontade...

Pequenos traços de delicadeza trazem a vontade de abraçar a situação e de chorar um pouquinho.
Assim, quando se é sensível é impossível deixar de não perceber o pequenininho de sentimento grande que se espalha. Como uma nota musical bem de leve e um sorrisinho no canto da boca.
São coisas que trazem vontade de parar um pouquinho no tempo. Coisas miúdas. Já desgastadas, mas que não perdem o sentido. Sentimentos que mexem com outros sentimentos. Coisas que são exteriorizadas por simples vontade, sem pressão.
Dá pra ver o quanto saíram de supetão. O quanto transbordaram por segundos. Dá pra ver o quanto se espalhou em segundos.
É, traços de delicadeza são necessários.

Falta o resto

e cadê?
vai procurar e vai achar esse bendito ou maldito resto que me falta e que faz uma falta danada. vai procurar alguma coisa que me complete e que seja resto ou que se tenha achado por aí ao longo da via.
é, ao longo da via você vai achar o meu resto.
e não me pergunte cadê.

A natureza confecciona uns sujeitos bem curiosos

De pé, saem correndo
De costas, falam por trás
Se viram com um sorriso
E todos se fudendo
Se consolando com o orgulho
Secam as lágrimas com amor
Amor demais. São animais se fudendo
Sem a menor intimidade

Lá

Aqui, no pai do espírito santo, no pé, no umbigo, no pó, na batida, no brass, swign, chicote, na veia, na avenida, no chão.
Aqui, na desgraça, na pele e na praça, no salão, no joelho, no tormento, na procrastinação.
Aqui, no pão nosso de cada dia, desmilingüido, na tolice, no sustento, na compaixão, no tormento, na mesmice, na escória, na dor.
Aqui, no meu lugar, no sofrimento, karma, sossego, na minha injustiça e no meu juízo.
Aqui, é aqui que eu me pedôo.
Mas só por alguns minutos.

macacos no sótão

Acode Josué!

Calça o chinelo
Traz a birita
Lava o rosto
Sacode a preguiça
Chuta o balde com o pé
Acode Josué!

Espero

Que venha um anjo

Que me sensibilize

E tire de mim tudo que é
temporário

Que me preencha com olhares

E que encaracole meus cabelos

Que venha um anjo

E que ele me ouça

Ouça o meu mais sensível
sentimento

Dizendo coisas minúsculas de se ouvir

Que venha um anjo

E que ele venha e fique

Que ele me fale tudo que existe nessa
vida

E que encaracole os fios de meu
cabelo

Armadura fiel e cadarços

Amar Josué armado, eis a minha sina
A de sair sem ser visto
Sem pensar em me entregar
Sem desatacar os sapatos
Saio apressado, armado

Amando Josué, vivo um dilema
Não ataco os sapatos
Visto a roupa, saio de cena
Pra sair sem ser visto
Conspirando com minha sina
Amo Josué, coitado

Com esse amor emoldurado
Utópico e singelo
Na rua, me entrego
E esqueço dos meus sapatos

Josué que me desculpe
Amando, só ando abotoado

Por que existem pessoas com medo de outras pessoas?

#sem violência, horror e drama. só pensamentos chulos, ok?

A modernidade induz à socialização. A contemporaneidade prega a banalização. Na junção desses dois, forma-se o efusivo, o "demais da conta". Aproximadamente 60% da população segue este bendito estilo de vida. As fofocas, o bate-estaca, os gritinhos, batons berrantes, o barulho do escape, as futilidades, a estética, músculos, cabeças bitoladas, enfim, o Brasil do ano dois mil e bolinhas traz à tona a calamidade que se instala em cada short tamanho 36 grudado em bundinhas estilo 42.

E não é difícil ver a facilidade de tornar-se um desses. Basta ter amigos bitolados, família passiva e um site que baixe qualquer tipo, friso: qualquer tipo, de música MP3. Junte-se a isso algumas roupas apertadas ou minúsculas e um alfabeto um tanto quanto preguiçoso - no naipe "concertesa". Assim, pode-se dizer: sim, é por isso que tantas pessoas tem medo de outras pessoas. Mas seria muita pretensão de minha parte achar que apenas esses detalhes aparentemente superficiais causariam tal discórdia, afinal, conheço pessoas assim que são, ao menos, legais (e que me cumprimentam quase pulando em meus braços, sem contar nos gritinhos de efusividade).

A repulsa abrange também os que se sentem no direito de se auto-promover, mesmo muitos não dando conta disso, e fazem o cérebro do próximo ficar cheios de pulgas atrás da orelha, como "Será também me comporto assim socialmente?" ou "Por que fulano não se enxerga?!". Pessoas que se auto-promovem, egoístas de nascença, não têm um pingo de medo de outras pessoas - nem de vergonha na cara - e se juntam aos que necessitam de 15 minutos de fama, aos que adoram intriguinhas, fuxicos, surubas e afins.

Por fim, o tão falado distanciamento leva terror aos olhos de quem - não sendo efusivo, auto-promovedor, e playboy/piriguete - quer ter amigos saudáveis mentalmente, pois estes supostos amigos saudáveis estão igualmente aterrorizados e não abrem mão de ficarem super chateados porque alguém ousou sentar ao seu lado no ônibus (não importando quem seja este alguém). O distanciamento dos 40% com os 60% acabou contagiando todo o lado não-efusivo deste país ensolarado, tornando-os solitários, chatos e altamente cults em excesso. Temos aqui um impasse: ser a cabeça de vento mais popular do bairro ou ser o maior nerd anti-social com cara de quem comeu e não gostou?

Sinceramente, prefiro tentar me enquadrar nos 0% restantes desta lindíssima e totalmente inútil pesquisa de mi mente.

atração, traição

Subiu com leveza a ladeira da rua, e ao chegar lá em cima sentou na borda da calçada. Fez do pensamento um refúgio e tentou lembrar-se de quantas vezes tinha estado naquele mesmo lugar... não se lembrou e resolveu buscar algo de interessante... não viu nada, e sorriu. - "Acho que devo voltar para o meu devido lugar", pensou.

Desceu, viu uma jovem putinha, um homem chapado e uma criança madura. Os chamou para uma longa conversa, ninguém lhe deu ouvidos. Matou os três com uma caixa d'água só. Fácil.

Parou, rezou e dormiu onde estava. - "Esse cansaço está me matando", pensou.

Se puder...

Se puder convencer, tente dialogar ao máximo, entreter a vítima e ao menos por alguns instantes tente perceber o brilho nos olhos de uma semi verdade que está chegando aos ouvidos do próximo. Tente deixar a situação a mais tensa possível, fazendo com que tudo fique com os devidos pingos nos "is" e que tudo pareça realmente verdade absoluta, porque, afinal, ela é absoluta. Tente visualizar anteriormente um possível questionamento, resolva sem borrões, com pressa, buscando ao máximo repreender e acomodar essa ideia na cabeça do principiante.
Mas, se não puder convencer, ao menos, confunda.

diário de um dramático e calculista congressista de meia tigela

relembrando

Não se pode prever pessoas, e muito menos seus sentimentos. Não se pode deixar levar por meras espectativas que criamos. Não se pode achar que todos pensam correto, e que o correto é o seu mais puro pensamento. Não se encaixa na vida o porquê de tudo. Não se pode iludir por simples gestos de pessoas que admiramos. Não se pode fazer com que o mundo se mostre para você. Não se encaixa na sociedade a utopia. Não se pode viver. Não viva. Você não pode ser.

me ajuda, josué

acho que me perdi...

uma rosa

o assustar não mais funciona!

tenho que tentar, é difícil, mas...

há uma saída?!

não quero me esconder.

por outro lado, para que me mostrar?

assustar já não vale à pena. todos estão acostumados.

e a doçura não atinge mais os corações.

um dia eu serei... eu me serei!

e me assustarei...

e serei doce.

artista

O curioso... o curioso é quando você descobre, depois de descobrir o sonho, a realidade.

É quando você acha que sentiu algo novo, de novo.

O curioso é você ver que perceber as coisas pode ser tão esperançoso quanto desmotivador.

Ah, quando isso vai acabar? Acho que só quando parar de pensar (tanto).

Queria ser autista...!

Um pouquinho assim

uma pitada de

utopia

e um pouco

de correria

pra rotina descançar

a mesmiçe

preu mostrar

que sou

gente

ou mais:

me entregar

Cara Senhora,

Gostaria que me respondesse por que as coisas não explodem de uma só vez, sem medo, meio que de supetão. Também gostaria de perguntar milhares de coisas, mas estou meio sem tempo, por isso, só te peço uma coisa: fortes emoções. Uma vida bem viva, bem sangue-correndo-nas-veias, bem queda, bem voo, sabe?
Se você, força misteriosa, estiver lendo isso agora, meio que sem nada-pra-fazer, faz essa caridade e prepara para mim uma porção bem gostosa de tudo isso, ok?!
Beijos e agradeço desde já.
Anayar

Misturas e pensamentos

O pensamento que explode e toma conta da única coisa que me pertence e me consome a cada pensamento que teima em vir e que me isola.

As imagens, a confusão que se instala, tudo o que se passa e tudo que eu não entendo entra e se aconchega e se enrola em mim por míseros segundos.

E o barulho do travesseiro acaba virando uma explosão que enlouquece, que faz minha mente se abrir e meus olhos extremecerem, me faz pensar que é verdade e que sou louca por achar isso, que de fato tudo que me rodeia se foi embora.

E ao acordar me sinto tonta como alguem que não encontra o que procura e fazendo rodeios, perdida, desnorteada, não conseguindo assimilar a realidade e sentindo tudo, parecendo irreal e mágico por demais.

Chego ao ponto de me apoiar e como me sentindo bombardeada de sentimentos e informações, tudo que passa se passa num mísero segundo, e é demais para mim.

Acabo sentando em qualquer lugar, desacreditada e ainda assustada com um pensamento que vem bem de mim, chegando a nítida conclusão de que nunca mais tomarei a desgraça do café seguido de coca-cola.

Críticas a Josué

Não se sabe bem como aconteceu, mas é fato: Josué anda muito saído. É Josué aqui, Josué acolá e todos se perguntam: Porque cargas d'água Josué? Na manhã de algum dia acordei pensando em Josué. Pensando: Como é Josué? Como será? Como foi? Será que foi ou ele é? E ele não saia da minha mente. Resolvi então escrever, pra dissipar a tentação josuênica. Só que aí, me ocorreu: não sei transpassar minha ideias para um papel! Fiquei aflita, nervosa. Como iria tirar esse danado de meus pensamentos?! Passei o dia no mundo da lua, distraída. E quanto mais pensava em maneiras de tirá-lo de mim, mais ele ficava. E foi ficando, e eu me sentindo quase vencida. Depois de tempos rabiscando, criando, desenhando e imaginando Josué: me senti derrotada. Impossível, imaginei. Ele é impossível. Não existe, não é e nunca será. E como me sentindo fracassada, deitei. Entrei em colapso. Sonhei. Sonhei que eu era Josué. E ele era a minha busca interminável de mim.

Realidade sonolenta

Sonho louco e... acorda. O barulho dos carros é o responsável.
Espera os pensamentos reais virem. Espera os sonhos irem.
Levanta e não dispensa a redundante rotina de sempre.
Lava o rosto, sente calor. Come, procurando o jornal, sem fome.
Estudar, arrumar, produzir, tentativas marteriais: frustradas.
Nada do que foi planejado em um dia de disposição ocorreu.
E, chegando na metade do dia, agonia. Sai. O sol.
Chegando ao destino, horas sentada. Sistematizada.
Enfrenta uma máquina. Mais responsabilidades. Larga.
Andando, pensa no que não teve tempo de pensar.
E é noite. Também é dispersão. Ela é indisposição. Cansada.
E, quando chega em casa, se fecha. Banho, cama, sono e um sonho muito louco...

No final tudo é zap

Tentativas programadas frustradasTentativas programadas frustradasTentativas programadas frustradasTentativas programadas frustradasTentativas programadas frustradasTentativas programadas frustradasTentativas programadas frustradasTentativas programadas frustradasTentativas programadas frustradasTentativas programadas frustradasTentativas programadas frustradasTentativas programadas frustradasTentativas programadas frustradasTentativas programadas frustradasTentativas programadas frustradasTentativas programadas frustradasTentativas programadas frustradasTentativas programadas frustradasTentativas programadas frustradasTentativas programadas frustradasTentativas programadas frustradasTentativas programadas frustradasTentativas programadas frustradasTentativas programadas frustradasTentativas programadas frustradasTentativas programadas frustradasTentativas programadas frustradasTentativas programadas frustradasTentativas programadas frustradasTentativas programadas frustradasTentativas programadas frustradasTentativas programadas frustradasTentativas programadas frustradasTentativas programadas frustradasTentativas programadas frustradasTentativas programadas frustradasTentativas programadas frustradasTentativas programadas frustradas

o que sobrou de um texto. ctr+c ctrl+v.

Um querer bem abstrato

coisa boba?

coisa boba é morrer engasgado com a própria saliva.

gostar não é bobo

gostar é, resumidamente, se completar.

é ter a ambição de compartilhar

é a raiva de não conseguir esquecer.

gostar não é morrer engasgado

é salivar.

Tintas e pêsames

O letreiro luminoso que dizia Me gustam las Mascotas chamou a atenção de Josué . Todo estresse que se concentrava na sua testa chegava a ser estúpido em relação à imensidão do letreiro luminoso. A calçada, que tinha o cheiro similar ao do ateliêr, trazia à tona toda aquela infância. E a nostalgia era tanta que Josué se esqueceu de muita coisa, inclusive do motivo que o tinha levado até ali. Vinha pegar os pertences do pai, ele morrera a algumas horas atrás.

Existia um homem muito, muito egocêntrico. O mais egocêntrico de todos, na verdade.
Ele, coitado, recusava-se a fazer qualquer ação que proporcionasse prazer a outrem
Sim, acreditem
Não existia um homenzinho se quer que conseguisse lhe superar
Não pensava duas vezes antes de pisar em cima de alguém
Era sempre o mais rápido, o mais corajoso, o mais mentiroso
Enfim, o mais individual possível.
O calor não o impedia, nada o derrotava
Sua gana crescia assustadoramente e o seu poder também
Sua superioridade era inigualável!
Todos sentiam-se submissos, infelizes e derrotados perto dele.
E, assim, ele foi crescendo, de centímetro em centímetro, sem parar
Nada o impedia, ele tinha de ser o maior, e o único
Paralelamente, continuava com sua heróica tarefa de não ceder um simples prazer sequer.
E seu ego foi crescendo, junto com sua altura
Ficou do tamanho de uma montanha
Mas esse senhor queria mais
Sim, mais e mais.
E, insaciável que era, conseguiu ficar do tamanho do mundo
Ficou feliz, deu uma risada
Ele, agora, era tudo, era alegre, era único.

Olhando para baixo, viu todos, todos pareciam formigas, estavam olhando para ele
Todos com um sorriso.
Como? Um sorriso??
A agradável sombra que ele projetara pelo mundo foi suficiente para isso.
Afinal, ninguém é perfeito, Senhor tudo
E o calor... ah, esse tava de lascar...

como um rio de mim prestes a transbordar

como estou cheia.

quando saciada de gente,
sentimentos,
sinto-me preenchida de perguntas e dúvidas.

estou cheia de barulho,
visões, de silêncio.
enfim
de saco cheio.

e, saciada de mim,
cheia de essência,
sinto-me estufada de mim mesmo.

com ânsia, satisfeita.

Um cuidado a mais

14 passos e meio para descobrir
mais uma verdade desse mundo.
o que são 14 passos e meio para alguém ansioso?
nada mais do que um bobo e simples obstáculo,
preste a ser deixado para trás.
levanta, caminha e descobre
que é melhor ter cuidado
para não se queimar antes do sol esquentar.

interditado

à espera de inspiração

hmmm....

aaaaaaaaaaaaaaah!











quero cair e me jogar

não necessariamente nessa ordem.

Meu eu. Teu?

Eu tenho um mundo,
aqui, bem dentro de mim.
Talvez na minha cabeça
ou quem sabe no coração.
Ele é sem medo.
É do jeito que eu sou
ou do jeito que deveria ser.
É sonho, é carinho.
É origem e essência.
Não sei para os outros.
Pra mim, meu jeito.
Pra tudo confusão.
Eu fiz um mundo, dentro de mim.
E esse mundo é sem medo.

Mas, talvez, ninguém o veja.
Porque o medo que não está em mim,
está lá fora,
me absorvendo,
me vivendo,
me consumindo,
aos pouquinhos.

"O que você está fazendo, Mafalda?

Mafalda - Estou planejando minha vida.
Para não viver ao acaso, estou traçando um plano
que me ajude a ornazinar minha vida com clareza.

*faz riscos e rabiscos no chão*

Mafalda - Teoricamente, é claro."